sexta-feira, 30 de julho de 2010

Violência contra mulheres aumenta no primeiro semestre de 2010


Dados da Polícia Nacional Civil (PNC) de El Salvador revelam que só no primeiro semestre de 2010, 342 mulheres foram assassinadas no país. Nos meses de maio e junho houve uma intensificação do feminicídio, com um total de 129 mulheres mortas, o que significa a morte de uma mulher a cada 12 horas, neste período. O feminicídio acentuado no primeiro semestre qualifica 2010 como o mais violento dos últimos dez anos.

Os 275 assassinatos cometidos contra mulheres de janeiro a maio deste ano representam 46% dos feminicídios ocorridos em 2009. O mês de maio registrou um total de 658 delitos graves contra as mulheres, entre os quais violação, agressão e perseguição sexual, além de feminicídio, conforme divulgou a Polícia Nacional. Muitas ameaças também foram registradas, destacando maio como um dos meses mais violentos para as mulheres.

As mulheres na faixa etária que compreendem os 35 até os 60 anos de idade são as que mais sofrem com ameaças e feminicídios, seguidas por jovens de 12 a 18 anos, observou a Organização de Mulheres Salvadorenhas (ORMUSA).

Segundo a entidade, as vítimas são assassinadas, na maioria das vezes, por armas de fogo, seguidas por armas brancas, como facas. Os corpos, geralmente, são encontrados em prédios abandonados, estradas ou vias públicas.

Embora também seja um delito que ocorre com muita frequência, muitas mulheres não chegam a denunciar a perseguição sexual que sofrem no ambiente de trabalho, escolar, nas ruas ou nos centros comerciais.
Tudo indica que a maioria destes crimes seja passional, onde homens apaixonados não correspondidos ou abandonados se julgam no direito de matar a mulher que o rejeitou. Para a diretora executiva da ORMUSA, Jeannette Urquilla, este contexto mostra que é evidente que por trás do crime existe uma manifestação de violência de gênero contra as mulheres.

Ela ressalta que a falta de investigação do Estado para esta modalidade de crime, revela aversão e desprezo pelas mulheres, enfatizando o machismo e o sentimento de propriedade sobre as mulheres e suas vidas. É importante esclarecer que a polícia do país qualifica os assassinatos de mulheres como homicídios, sem, entretanto, considerar a distinção de sexo ou o motivo do crime, com respeito aos homens.

Os dados da Polícia mostram ainda que a capital do país, San Salvador, é a cidade mais violenta e perigosa para as mulheres, seguida por San Miguel, que registrou 114 casos e Santa Maria com 77. Com menos registros de violências (20 casos), o departamento de Chalatenango se mostra como um dos poucos locais seguros para as mulheres salvadorenhas.

Por: Tatiana Félix


terça-feira, 20 de julho de 2010

Projeto realiza Oficina de Métodos Participativos em Cametá.

Durante o período de 13 a 15 de julho aconteceu em Cametá, região do Baixo Tocantins a Oficina de Métodos Participativos - DRP ( Diagnóstico Rural Participativo) com mulheres das duas regiões atendidas pelo projeto. A iniciativa foi da APACC uma das parceiras do projeto.

A metodologia tem como ação a agroecologia, isto é, a agricultura sustentável, como seu marco metodológico fundamental, utilizando métodos participativos. 

Os DRPs utilizam abordagem participativa de desenvolvimento, com base na  autodeterminação e na auto mobilização dos grupos locais para a análise de sua situação e dos obstáculos por eles enfrentados, bem como para a identificação de objetivos comuns e ação coletiva. Com objetivo de aumentar a participação autônoma e efetiva das mulheres trabalhadoras rurais com maior igualdade de oportunidades entre homens e mulheres incorporando a seus métodos e atividades de forma transversal.

O motivo fundamental para a adoção das práticas agroecológicas é o de integrar os componentes dos sistemas agroecológicos de forma a melhorar sua eficiência biológica, preservar a biodiversidade, apoiar a produtividade e a capacidade autônoma dos grupos atendidos de maneira sustentável.

Nesta oficina foi definido as ferramentas para se realizar os DRPs nos municípios atendidos, levando em consideração suas características regionais. Está previsto para agosto a aplicação do DRP no Nordeste Paraense, com apoio do MMNEPA grande parceiro do projeto na região.




Jovens Feministas Presentes

A primeira publicação do Fórum Cone Sul de Jovens Mulheres Políticas, sob
o título “Forito – Jovens Feministas Presentes”. O livro traz depoimentos,
entrevistas e artigos a cerca da participação jovem e feminista, no
enfrentamento das desigualdades entre homens e mulheres.
Mais que isso, o livro, composto por 144 páginas pretende dar visibilidade
a um grupo de mulheres, que há oito anos reúnem-se e definem em conjunto estratégias que contribuem para a alteração de suas próprias realidades e do conjunto da população brasileira.

Nas páginas dedicadas aos depoimentos, serão encontrados relatos críticos de experiências pessoais e coletivas dessas jovens mulheres, onde
trajetórias e bandeiras de luta não faltam. O envolvimento público na luta
pela legalização do aborto, os processos de construção de candidaturas
jovens e feministas ao Legislativo, as mobilizações sociais e a participação efetiva em espaços dedicados ao desenho de políticas públicas de enfrentamento das desigualdades estão entre principais assuntos.

Na seção de artigos e entrevistas, pesquisa, mobilização e sugestões para
o poder público no trato da questão são as linhas orientadoras dos textos,
que trazem à tona, assuntos como aborto, tráfico de pessoas, inclusão,
participação e mobilidade social, o “encontro com o feminismo” e os
desafios do diálogo intergeracional, e entre diferentes movimentos sociais
e culturais.

Para fechar a publicação e ampliar o debate sobre o diálogo entre
feministas jovens e não jovens, Lilian Celiberti, uruguaia, feminista e
integrante “original” do Fórum Cone Sul de Mulheres Políticas, foi
convidada a escrever sobre o tema, à luz de suas próprias reflexões e
largo engajamento no movimento feminista na América Latina.

O livro produzido pela Fundação Friedrich Ebert, instituição idealizadora
do Fórum Cone Sul de Jovens Mulheres Políticas, contou com a parceria da
Ação Educativa e o apoio do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas
para as Mulheres (Unifem).

O livro foi lançado em dezembro passado, mas agora foi disponibilizado para download.
Clique aqui pra baixar a versão em PDF do livro.

sábado, 10 de julho de 2010

Reunião para fortalecer a ANA Amazônia.

Com objetivo de fortalecer as ações da ANA AMAZÔNIA e socializar a agenda para 2010, reuniram em Belém do Pará no início de julho, coordenador@s da APACC, MMNEPA, Federação de Órgãos Para Assistência Social e Educacional (FASE Amazônia) onde já está instalada a nova articuladora da ANA Amazônia, Rossilan Martins.
A reunião aconteceu no auditório da FASE e teve como tema as estratégias de articulação local, regional e nacional e formas de visibilidade da ANA Amazônia previstas para 2010 e informes sobre as ultimas ações de articulação da ANA AMAZÔNIA e agenda nacional.
Foi proposto um Encontro Regional ANA Amazônia e Programa de Diálogo e Intercâmbio em Agricultura Sustentável (PRODIAS) previsto para os dias 25 e 26 de agosto em Belém do Pará. E para dar visibilidade foram debatidas ações de comunicação, como boletins quinzenais da ANA Amazônia, link no site da ANA, Campanhas em rede e retomada de ferramentas virtuais da ANA e parceiros.

Ainda contamos com a apresentação do Projeto Mulheres do Campo - novo aliado nas ações de fortalecimento da agricultura familiar através da agroecologia e do recorte de gênero.

Na saída as pessoas se sentiam bastante motivadas, sensíveis ao tema saíram comprometidas ao novo trabalho que se inicia.